Com método cubano, MST busca erradicar analfabetismo no sul da Bahia
Os acampados, de seis localidades do extremo sul da Bahia, participaram da aula inaugural do Projeto “Sim, eu Posso”, quem traz o lema “Sim eu Posso ler e Escrever, Essa é uma conquista do MST”.
A aula foi realizada na Escola Popular Egídio Brunetto, no município de Teixeira de Freitas, contando com o apoio da coordenação pedagógica da escola, do setor nacional de educação do MST, além de 20 educadores e cinco coordenadores pedagógicos da Reforma Agrária.
Durante a aula foi possível perceber as distintas histórias de vida que se cruzam entre esses sujeitos, já que tiveram seus direitos primordiais negados, como o acesso a terra e a educação.
O analfabetismo - De acordo com o último senso levantado pela Escola Popular, a região do Extremo Sul da Bahia possui mais de 20 % da população adulta e idosa não alfabetizada nas áreas de Reforma Agrária. Este percentual soma-se ao dado brasileiro que aponta mais de 13 milhões de jovens e adultos excluídos da alfabetização.
Diante deste cenário de negação histórica, o MST, desde sua fundação, entende que para construir territórios dignos e igualitários, o analfabetismo é uma das primeiras barreiras a serem superadas.
Este método pedagógico está organizado em 65 tele-aulas mediados por educadores populares das próprias comunidades rurais, e pretende funcionar até o mês de abril, zerando o analfabetismo em sete acampamentos da região.